subscrever: bloglovin
Pesquisa
(coisas que deveria ter dito e não disse) – Pedro Chagas Freitas
(coisas que deveria ter dito e não disse)
Devia ter dito e não disse. (coisas que deveria ter dito e não disse) – Pedro Chagas Freitas
Ao homem da minha vida que é o homem da minha vida, todos os dias, sem parar, porque quando há algo tão bom como amar alguém para fazer todos os dias não o fazer não é timidez; é estupidez.
À minha mãe que é a velhota mais adorável que o mundo poderia conhecer e que quando me olho para a frente e me vejo como ela acredito que a velhice até pode mesmo ser a coisa mais linda de sempre.
Ao meu pai que pode parecer um durão mas que eu sei e sei que ele sabe que não é durão nenhum , é apenas um lamechas de primeira ordem, que quando se deita sem a mulher que ama chora que nem um bebé, e ainda bem, que uma pessoa que não chora que nem um bebé sempre que não tem o amor ao lado não é pessoa nenhuma.
Aos meus amigos que são apenas dois e que só são apenas dois porque depois de os ter na minha vida tudo o resto sabe a pouco, e que a amizade é uma forma de amor que não existe exclusividade mas quase, e quando se tem dois amigos assim não se precisa de mais amigos nenhuns porque o que tenho para gostar de alguém está gasto e mais do que gasto, e felizmente.
Ao que dói que vai passar, que tem de passar, que só pode passar, pelo simples facto de que tudo passa, até o que é mau, e que muitas vezes o que nos faz parar é o que faz andar, e amar, passe a redundância e a felicidade.
Aos que deixaram de viver que eram importantes, que precisava deles e que dói como se me agarrassem a carne por dentro lembrar-me do que fomos e já não podemos ser, do que poderíamos viver e já não podemos viver, do que deixámos por fazer e que mesmo assim vivemos tudo o que havia para viver.
A ti que ainda vais a tempo de dizer o que eu não disse.
Vai.
Diz.